Israel inicia ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza
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Novo avanço. Israel iniciou uma nova ofensiva terrestre na Cidade de Gaza — a maior da Faixa e considerada por Netanyahu como o último reduto do Hamas.
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Em comunicado, Israel chegou a dizer que Gaza estava “em chamas” e que seu Exército estava “atacando com punho de ferro”. Ao menos 37 foram mortos.
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Essa deve ser a etapa principal da ofensiva contra a cidade, que já vinha sendo cercada por Israel há cerca de um mês.
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A operação integra o plano israelense de ocupar toda a Faixa. A Cidade de Gaza abriga quase metade da população da região e, segundo Israel, ainda concentra 3 mil combatentes do Hamas.
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Quadro geral: A nova ofensiva começou um dia após uma reunião entre Benjamin Netanyahu e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio — que teria apoiado a operação.
Até domingo (14), mais de 30 prédios residenciais já tinham sido destruídos na Cidade de Gaza. Na semana passada, Israel também realizou um ataque em Doha, no Catar, contra lideranças do Hamas — o que gerou uma crise diplomática com o país.
As repercussões: A ofensiva está levando milhares a deixar a região. Ontem (16), estradas ficaram tomadas por longas filas de carros, carroças puxadas por burros e multidões a pé.
A ONU, por sua vez, criticou os ataques:
“Este massacre deve parar imediatamente”, declarou.
Paralelamente, um comitê de direitos humanos da organização acusou Israel de praticar “quatro dos cinco atos genocidas” previstos na Convenção sobre o Genocídio de 1948 e responsabilizou o premiê Benjamin Netanyahu por instigar o crime.
Por Daily Fin
A capital financeira do mundo entrou no alerta vermelho fiscal

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Pintou red flag em Wall Street. O estado de Nova York está projetando um déficit de US$ 34 bilhões nas contas públicas para os próximos 3 anos.
O valor representa o maior desde a crise financeira de 2009 e 25% acima da estimativa feita em janeiro pela governadora Kathy Hochul.
O rombo é resultado do aumento nos gastos com planos de saúde e educação gratuitos, somado ao fim de parte dos repasses federais para programas sociais, cortados no orçamento do presidente Trump.
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Para se ter uma ideia, 44% do orçamento fiscal estadual (US$ 254 bi) para o ano que vem será gasto apenas com saúde pública;
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A situação se complica ainda mais com a desaceleração no emprego. De janeiro a maio, o estado criou uma média de 4,6 mil vagas mensais, contra 19,1 mil no mesmo período do ano passado.
O cenário financeiro preocupante dá força a parlamentares democratas, que pedem aumento de impostos.
O principal exemplo é o favorito à prefeitura de Nova York, Zohran Mamdani, que propõe elevar a alíquota do imposto corporativo e criar um tributo sobre milionários para bancar transporte público gratuito e creche universal para crianças de até 5 anos.
Com menos crescimento, menos receita e mais despesas, Nova York vive um dilema clássico de ajuste fiscal — e a disputa eleitoral deste ano promete transformar o buraco orçamentário em um dos temas mais quentes da política local.
Por The News
México atrai quase o dobro de investimentos em startups do que o Brasil

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Se no futebol os mexicanos são nossos eternos fregueses, no mundo do venture capital a história já não segue a mesma linha. No 1° semestre deste ano, o Brasil perdeu a coroa no mercado de venture capital da América Latina para o México, que assumiu a liderança com larga vantagem.
Nos seis primeiros meses de 2025, os mexicanos atraíram 46% dos US$ 1,7 bilhão investidos em startups na região. O México, que desde 2021 mantinha participação média de 20%, saltou para mais de 40% neste ano, impulsionado por grandes rodadas late stage.
Entre as 10 maiores captações do semestre, 4 foram mexicanas, contra apenas uma brasileira.
Enquanto isso, o Brasil registra uma caminho ladeira abaixo.
Para se ter uma ideia, em 2014, o Brasil concentrava 85% dos aportes. Esse domínio foi encolhendo ao longo da última década — 59% em 2020, 48% em 2021 e 44% em 2024 — até chegar ao tombo atual, de 23%, sua menor fatia desde o início da série histórica.
A recente queda pode ser atribuída a três fatores:
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Juros altos, que puxam o dinheiro doméstico para a renda fixa;
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Incentivos de instituições de fomento a investimentos no exterior;
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Cenário político conturbado, que afasta capital estrangeiro.
O movimento é visto como um ponto de inflexão para o ecossistema brasileiro, que, por anos, foi referência no continente, mas agora enfrenta concorrência mais acirrada — e precisa recuperar confiança para voltar a liderar o fluxo de capital de risco na América Latina.
Por The News
Itália dá sinal verde para maior ponte suspensa do mundo

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O mar azul entre a Sicília e a Calábria pode ganhar uma cicatriz de aço. O governo italiano aprovou a construção da maior ponte suspensa do mundo: 3,7km de vão central, sem pilares, unindo a ilha ao continente.
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O orçamento é de € 13,5 bilhões, com um prazo de 10 anos e promessa de entrega em 2032.
A trama é antiga. Desde os anos 60, políticos flertam com a ideia de conectar o sul ao resto do país. Vários governos ensaiaram a ideia, mas sempre ficou presa no limbo entre a engenharia e a política.
Agora, com a bênção do Comitê de Planejamento Econômico, o plano vai avançar. O consórcio Eurolink, liderado pela italiana Webuild promete mais de 100 mil empregos.
Mas o enredo não tem só fãs: Ambientalistas denunciaram o projeto à União Europeia por riscos à fauna e flora, e engenheiros lembram que a região é zona sísmica.
Bottom line: Se realmente for erguida, a ponte colocará a Itália no seleto clube dos gigantes da engenharia, aquele que constrói conexões colossais sobre a água, como no Japão, na Turquia e na Dinamarca.
Por The News
Trump confirma tarifaço de 50%… mas com centenas de exceções

Imagem: AFP
“Foi ruim, mas foi bom”. Esse foi o sentimento inicial de empresários e integrantes do governo brasileiro após Trump oficializar a elevação das tarifas de produtos brasileiros para 50%, mas com um asterisco bem relevante.
O governo americano também comunicou que quase 700 produtos não estão incluídos nessa medida, como suco de laranja, combustíveis, fertilizantes, certos metais e aeronaves — trazendo um belo alívio para a Embraer, que viu suas ações subirem quase 11% após o anúncio.
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Segundo a Câmara de Comércio para o Brasil, US$ 18,4 bilhões em exportações brasileiras devem escapar do tarifaço — cifra representa 43,4% do total vendido aos EUA em 2024.
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Já dados do Goldman Sachs indicam que as exceções devem reduzir o impacto médio da tarifa de 36,8% para 30,8%.
Apesar da longa lista de exceções, itens importantes da pauta de exportação, como café, cacau, carne e frutas, devem ser taxados.
Aliados do governo comemoram a “vitória” e o recuo de Trump, enaltecendo o trabalho de Geraldo Alckmin nas negociações e a força do presidente Lula.
Já opositores afirmam que o fato de Trump retroceder nada mais é do que uma estratégia frequentemente utilizada pelo presidente americano para conquistar o que quer.
Com previsão de entrar em vigor no próximo dia 6, o governo brasileiro ganha ainda mais uma semana para negociar e poder alcançar novos acordos com os EUA.
Por falar em taxas…
“Amigos, amigos. Negócios à parte”. Trump resolveu colocar o ditado popular em prática ao anunciar que vai aplicar uma taxa de 25% sobre produtos indianos, além de uma “multa” — ainda sem valor definido — por compras de petróleo e armamentos russos.
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Segundo o presidente americano, Nova Déli tem ajudado a financiar a guerra na Ucrânia ao manter relações comerciais com Moscou.
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O governo americano estuda estender sanções a países que comprem produtos da Rússia, o que pode prejudicar a economia brasileira — entenda aqui.
Outro argumento usado por Trump para a medida é o de que a Índia impõe “tarifas altíssimas” e barreiras comerciais mais rígidas do que qualquer outro país, destacando o déficit comercial de US$ 45,8 bilhões dos EUA com o país asiático em 2024.
Por The News
UE aprova ‘contratarifas’ sobre R$ 604 bi em produtos dos EUA

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Diplomacia em alta. Ontem (24), a União Europeia aprovou um pacote de contramedidas comerciais no valor de € 93 bilhões (aproximadamente R$ 604 bilhões) em produtos norte-americanos. Essas tarifas poderão ser impostas caso o bloco não chegue a um acordo comercial com os Estados Unidos.
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Em outras palavras, o pacote será a resposta dos europeus caso a tarifa de 30% dos EUA passe a valer em 1º de agosto.
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No entanto, como mencionamos na edição de ontem (24), EUA e União Europeia estão avançando nas negociações e devem fechar um acordo com tarifas de 15% para a maioria dos produtos europeus — similar ao acordo que Washington firmou com o Japão, na terça-feira (22).
Por que isso importa? A União Europeia e os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais um do outro. Em 2024, o bloco europeu exportou mais de € 530 bilhões em bens para os EUA, enquanto as exportações americanas para a UE somaram € 335 bilhões — um volume que afeta diretamente a dinâmica da economia global.
Paralelamente… Nesta quinta-feira (24), a UE realizou uma cúpula econômica com a China, em Pequim — a “arquirrival” dos EUA.
Apesar das divergências sobre o apoio chinês à Rússia na guerra da Ucrânia, ambos os lados concordaram em intensificar a cooperação no combate às mudanças climáticas e na exportação de minerais críticos.
O presidente chinês, Xi Jinping, também defendeu o fortalecimento da confiança mútua em um mundo conturbado e afirmou que é possível encontrar um “terreno comum” entre as duas potências — em uma possível indireta a Trump.
Apesar dos “desequilíbrios”, uma coisa é certa: o xadrez geopolítico está sendo redesenhado…
Por Daily Fin
Trump assina lei que regulamenta criptoativos atrelados ao dólar

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Vitória cripto. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou, na noite de sexta-feira (18), o Genius Act, um projeto de lei que regulamenta as chamadas stablecoins.
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Stablecoins mantêm uma cotação mais “previsível”, geralmente vinculada a moedas tradicionais, como o dólar — diferentemente do Bitcoin, que pode sofrer grandes flutuações.
Considerando o exemplo da stablecoin USDC, cada token equivale a US$ 1, funcionando como uma representação digital da moeda.
O que mudou? Para serem reconhecidas como stablecoins, a nova lei determina que essas moedas devem ser, obrigatoriamente, lastreadas por ativos líquidos — como dólares ou títulos do Tesouro de curto prazo — e que os emissores publiquem mensalmente a composição de suas reservas.
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Com isso, a nova legislação deverá aumentar a credibilidade, transparência e fiscalização das stablecoins, garantindo estabilidade e segurança ao sistema.
Qual a vantagem? Stablecoins permitem enviar e receber pagamentos instantaneamente, a qualquer hora do dia, com baixo custo — oferecendo privacidade, flexibilidade e descentralização. Além disso, podem ajudar empresas a economizar bilhões de dólares por ano em taxas de cartão — cobradas por bancos e operadoras como Visa e Mastercard.
Para se ter ideia, só em 2023, comerciantes dos EUA gastaram US$ 172 bilhões com essas taxas, uma alta de quase 50% em relação ao período pré-pandemia.
Quadro geral: A lei representa uma vitória para uma indústria que surgiu em 2009 como um “Velho Oeste digital”. A aprovação também faz parte da promessa de Trump de transformar os EUA na “capital das criptomoedas do planeta”.
Estimativas apontam que o mercado de stablecoins, avaliado em US$ 260 bilhões, pode crescer para US$ 3,7 trilhões até 2030 sob a nova lei. Segundo o próprio Trump, é “a maior revolução financeira desde a internet”.
Por Daily Fin
Trump anuncia novas tarifas para os principais parceiros dos EUA

Imagem: EFE
Não são só os adversários ideológicos que sofrem com o tarifaço dos EUA. O presidente americano também impõe taxas seus principais aliados comerciais.
Em cartas enviadas no fim de semana, Trump anunciou tarifas de 30% sobre produtos do México e da União Europeia, que movimentaram, respectivamente, US$ 840 bilhões e US$ 2 trilhões em comércio com os EUA em 2024.
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Na carta enviada à presidente do México, Trump culpou o país por “falhar em deter os cartéis”, dizendo que eles transformaram a América do Norte em “um playground do narcotráfico”;
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Já no recado à presidente da Comissão Europeia, o argumento foi o desequilíbrio comercial. Segundo Trump, a UE é responsável por um dos maiores déficits comerciais dos EUA, com superávit de US$ 56 bilhões em 2024.
A medida faz parte de um pacote mais amplo. Na última semana, 23 países — incluindo Brasil, Japão e Canadá — receberam avisos de novas tarifas de 20% a 50% sobre bens específicos.
Como resposta, a UE suspendeu tarifas retaliatórias que entrariam em vigor hoje, apostando em um acordo até o fim do mês. Nos bastidores, autoridades europeias avaliam o gesto como mais um movimento de barganha.
Já o México, por meio da presidente Claudia Sheinbaum, prometeu manter negociações, mas avisou que sua soberania não está à venda — em um discurso parecido com o do presidente Lula.
Bottom-line: No final de abril, Trump prometeu fechar 200 acordos comerciais. Porém, apenas 3 foram assinados até o momento.
Por The News
Acordo na Europa, internet mais rápida do mundo no Japão e mais

Imagem: Getty Images
Pacto firmado. Em visita a Londres, Macron e Starmer anunciaram um acordo para intercâmbio de imigrantes, reforço à Ucrânia e cooperação nuclear. O plano prevê respostas conjuntas a ameaças extremas à Europa — num gesto de alinhamento inédito entre França e Reino Unido.
Japão quebra recorde de internet. Pesquisadores japoneses atingiram 1,02 petabits por segundo — a internet mais rápida do mundo. Com fibra óptica tradicional, a tecnologia permite baixar bibliotecas inteiras de conteúdo em um piscar de olhos.
OpenAI vai desafiar o Chrome? A empresa está prestes a lançar um navegador com AI que pode mexer com o domínio do Google. Caso seja adotado pelos 400 milhões de usuários ativos semanalmente do ChatGPT, o navegador pode se tornar um grande rival do Chrome.
Novo recorde. Pela segunda vez em dois dias, o Bitcoin quebrou seu recorde histórico. A maior criptomoeda do mundo subiu mais de 4% nesta quinta. No acumulado de 2025, a moeda já valorizou mais de 21%.
Trump mira o Canadá. O presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 35% sobre produtos canadenses a partir de 1º de agosto — justificando a medida como resposta à crise do fentanil. O Canadá é o 23º país a ser sobretaxado pelos americanos nesta semana.
UE e Israel ampliam ajuda a Gaza. A União Europeia e Israel fecharam um acordo para expandir o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A medida prevê mais caminhões com suprimentos, novas rotas de acesso e distribuição direta à população.
Por The News
Trump taxa Brasil em 50% e envia carta com críticas a Lula

Uma guerra comercial entre EUA e Brasil pode estar prestes a ser instaurada.
Depois de afirmar que o Brasil não estava sendo muito bom para os EUA, Trump anunciou uma nova tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras — representando um salto em relação à tarifa de 10% imposta em abril.
A tarifa, que é a maior entre todos os países taxados pelos americanos nesta semana, vai entrar em vigor em 1º de agosto e veio acompanhada de uma carta enviada ao presidente Lula.
Na mensagem enviada a Lula, Trump justificou o tarifaço com dois argumentos:
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Motivos políticos, citando o tratamento dado a Bolsonaro e o que chamou de “censura” do STF às redes sociais;
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Motivos econômicos, alegando que a relação comercial com o Brasil é “injusta e desequilibrada”.
A questão é que o argumento usado por Trump com relação à economia não procede. Desde 2009, o Brasil acumula déficits comerciais com os EUA. No total, os americanos já venderam US$ 90 bi a mais ao Brasil desde então.
Por The News
Por que a China e EUA estão de olho em um canal no fim do mundo?

Imagem: The Economist
Localizado no extremo sul da América do Sul, o canal natural que liga o Atlântico ao Pacífico virou rota alternativa — e alvo de disputa geopolítica.
O motivo: O acesso à Antártida, onde China e Rússia já operam mais de 15 bases e miram os recursos naturais do continente gelado.
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Com o interesse dos adversários do Oriente, o alerta acendeu em Washington. Só nos últimos dois anos, generais americanos visitaram o sul da Argentina 3x.
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Do outro lado, a China intensificou investimentos em infraestrutura na região, incluindo planos frustrados de construir um mega porto no país.
Com o interesse na região das duas maiores potências globais, o governo de Milei virou peça-chave nesse xadrez.
Os americanos já bancaram a compra de caças para a Argentina e pressionam a Grã-Bretanha a flexibilizar o embargo militar ao país, buscando evitar que Buenos Aires se arme com tecnologia chinesa.
O problema é que o avanço geopolítico esbarra em dilemas domésticos e históricos. Desde a Guerra das Malvinas, os hermanos sofrem um embargo imposto pelo Reino Unido, que impede a compra de equipamentos militares com peças britânicas.
Com o canal cada vez mais movimentado e as bases antárticas no horizonte, o “fim do mundo” pode se tornar o novo centro da disputa global por influência.
Por The News
Trump e Putin voltam a conversar em meio à tensão na Ucrânia

(Foto AP)
Os presidentes dos EUA e Rússia retomaram o contato direto com uma ligação classificada pelo Kremlin como “franca e construtiva”. Foi o sexto telefonema divulgado desde que Trump voltou à Casa Branca.
O assunto, em especial, foi a Ucrânia:
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O presidente americano teria pressionado por uma solução rápida para o conflito;
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Já Putin reafirmou os objetivos estratégicos da Rússia e defendeu uma nova rodada de negociações — apesar de descartar concessões.
A ligação ocorre logo após os EUA anunciarem a suspensão parcial do envio de armas a Kiev, incluindo projéteis de artilharia.
A decisão, segundo a Casa Branca, busca priorizar os interesses americanos diante da baixa nos estoques militares.
A medida preocupa a Ucrânia, especialmente após o último final de semana, em que sofreu o maior ataque aéreo noturno desde o início da guerra. De acordo com a ONU, o número de vítimas ucranianas civis cresceu 37% no último semestre.
Enquanto isso, a Coreia do Norte se prepara para enviar mais 30 mil soldados para reforçar o exército russo na linha de frente — somando-se aos 11 mil já deslocados em novembro de 2024.
Zoom out: Trump prometeu trazer paz para o leste europeu, mas sua proposta de trégua de 30 dias foi rejeitada por Moscou. A conversa com Putin mostra que os canais diplomáticos seguem abertos — mesmo que sem trégua no campo de batalha.
Por The News
Trégua entre Israel e Irã segura a guerra — e o preço do petróleo

Imagem: Dean Conger
Agora é oficial: Irã e Israel confirmaram o fim da guerra no Oriente Médio, um dia após o anúncio feito por Trump nas redes sociais.
O conflito, que durou 12 dias e deixou ao menos 610 mortos no Irã e 28 em Israel, envolveu ataques diretos entre os dois países — algo inédito até então.
Cada lado saiu do embate reivindicando vitória:
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Netanyahu falou em “vitória histórica” de Israel, mas disse que a campanha contra o eixo Irã-Hamas segue em Gaza.
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Já o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou o desfecho como uma “grande vitória” para Teerã, afirmando que a guerra foi imposta pelo “aventurismo de Israel”.
A paz já teve impacto no mercado
No mercado, a reação foi imediata. O petróleo Brent despencou mais de 5% e encerrou o dia abaixo de US$ 67, mesmo após recuperar parte das perdas nas negociações estendidas.
Desde o início da guerra, a commodity chegou a bater US$ 81 com o temor de que o Irã bloqueasse o Estreito de Ormuz — rota por onde passam quase 20% do petróleo mundial.
Agora sem riscos, o petróleo voltou a ser negociado abaixo do valor pré-conflito, em linha com fundamentos como estoques globais e demanda da China.
Por The News
Espanhóis usam pistolas de água contra visitantes em Barcelona e Maiorca para protestar contra o turismo em massa

Pessoas marcham durante um protesto contra o turismo excessivo em Barcelona, Espanha, domingo, 15 de junho de 2025. (Foto AP/Pau Venteo)
BARCELONA, Espanha (AP) — Manifestantes usaram pistolas de água contra turistas desavisados em Barcelona e na ilha espanhola de Maiorca no domingo, enquanto marchavam para exigir uma reformulação de um modelo econômico que eles acreditam estar alimentando uma crise imobiliária e apagando o caráter de suas cidades natais.
As marchas fizeram parte do primeiro esforço coordenado de ativistas preocupados com os males do turismo excessivo nos principais destinos do sul da Europa. Enquanto milhares de pessoas se reuniram em Maiorca no maior encontro do dia, centenas se reuniram em outras cidades espanholas, bem como em Veneza, na Itália, e na capital portuguesa, Lisboa.
"As pistolas de água são para incomodar um pouco os turistas", disse Andreu Martínez em Barcelona, com uma risada, após borrifar um casal sentado em um café ao ar livre. "Barcelona foi entregue aos turistas. Esta é uma luta para devolver Barcelona aos seus moradores."
Martínez, assistente administrativo de 42 anos, faz parte de um número crescente de moradores convencidos de que o turismo foi longe demais na cidade de 1,7 milhão de habitantes. Barcelona recebeu 15,5 milhões de visitantes no ano passado, ansiosos para ver a Basílica da Sagrada Família, de Antoni Gaudí , e o calçadão de Las Ramblas.
Martínez afirma que seu aluguel aumentou mais de 30%, já que mais apartamentos em seu bairro estão sendo alugados para turistas para estadias de curta duração. Ele afirmou que há um efeito cascata da substituição do comércio tradicional por negócios voltados para turistas, como lojas de souvenirs, hamburguerias e casas de "chá de bolhas".
“Nossas vidas, como moradores de Barcelona desde sempre, estão chegando ao fim”, disse ele. “Estamos sendo expulsos sistematicamente.”
Cerca de 5.000 pessoas se reuniram em Palma, capital de Maiorca, algumas delas portando pistolas de água e entoando gritos de "Para onde quer que você olhe, só se vê turistas". Os turistas que foram alvos dos jatos de água riram da situação. A ilha das Baleares é uma das preferidas dos britânicos e alemães que buscam o sol. Os preços da moradia dispararam, com as casas sendo desviadas para o mercado de aluguel de curto prazo.
Centenas de outros marcharam em Granada, no sul da Espanha, e na cidade de San Sebastián, no norte, bem como na ilha de Ibiza.
Em Veneza, algumas dezenas de manifestantes desenrolaram uma faixa pedindo a suspensão de novos leitos de hotel na cidade lagunar, em frente a duas estruturas recentemente concluídas, uma delas no centro histórico do popular destino turístico, onde ativistas dizem que a última moradora, uma idosa, foi expulsa no ano passado.
"Isso é adorável"
Manifestantes em Barcelona assobiaram e ergueram cartazes feitos em casa com os dizeres "Mais um turista, menos um morador". Eles colaram adesivos com os dizeres "Autodefesa Cidadã", em catalão, e "Turista, vá para casa", em inglês, além do desenho de uma pistola d'água nas portas de hotéis e albergues.
Houve tensão quando a marcha parou em frente a um grande albergue, onde um grupo esvaziou suas pistolas de água em dois trabalhadores posicionados na entrada. Eles também soltaram fogos de artifício perto do albergue e abriram uma lata de fumaça rosa. Um trabalhador cuspiu nos manifestantes enquanto batia as portas do albergue.
Os turistas americanos Wanda e Bill Dorozenski caminhavam pela principal avenida de lojas de luxo de Barcelona, onde o protesto começou. Eles receberam um ou dois jatos, mas ela disse que foi até refrescante, considerando a temperatura de 28,3 graus Celsius.
"Que lindo, obrigada, querida", disse Wanda para a esguichadora. "Não vou reclamar. Essas pessoas estão sentindo algo muito pessoal, e talvez esteja destruindo algumas áreas (da cidade)."
Também havia muitos manifestantes com pistolas de água que não atiravam nos transeuntes e, em vez disso, as usavam apenas para se refrescar e se molhar.
Por JOSEPH WILSON